sábado, 31 de março de 2012

Caprinovinocultura se desenvolve com alta tecnologia na Paraíba


No interior da Paraíba, a caprinovinocultura é uma atividade tradicional que desempenha importante papel social na fixação do homem na terra. Segundo o estudo "Mercado de carne, leite e derivados de caprinos e ovinos”, do Sebrae-PB, a Paraíba possui mais de um milhão de cabeças, o que representa 6% dos rebanhos nordestinos. O Estado é o 5º no ranking regional, ficando atrás da Bahia, Pernambuco, Ceará e Piauí.
Na região da Borborema, é onde se concentra o maior rebanho caprino, sendo o município de Monteiro o que tem mais cabeças entre os locais que desenvolvem esse tipo de cultura na Paraíba. Dados do IBGE mostram que, em oito anos, a cultura teve um salto de 21%. As duas regiões onde o crescimento foi mais impactante nestes últimos anos foram a Mata Paraibana (70%) e o Sertão (18%).
Para impulsionar ainda mais esse crescimento, o Governo da Paraíba investe em tecnologias que favoreçam uma cultura mais eficiente, rentável e de alta produtividade. Além disso, por meio da difusão, está repassando ao produtor familiar tudo o que é gerado pela pesquisa para o fortalecimento da cadeia produtiva do setor.
Estações experimentais – A Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária (Emepa) é responsável pelas pesquisas avançadas que, ao longo dos anos, têm contribuído para o negócio da caprinovinocultura paraibana. 
Todo o trabalho é desenvolvido na Estação Experimental de Pendência, localizada na microrregião do Curimataú Ocidental, no município de Soledade, distante 210 quilômetros de João Pessoa. A área ocupada é de 727 hectares, com capim, palma forrageira, açudes e vegetação nativa.
Bem equipada, a estação possui instalações como: Centro de Manejo Animal; laboratório de biotecnologia; míni-usina de processamento de leite; fábrica de queijos e derivados; Centro de Treinamento, com sala de aula, refeitório e dormitório; casa de hóspedes para pesquisadores e instrutores; casa de colonos; e salas para técnicos e pessoal administrativo.
As linhas de pesquisa da estação incluem sistema de produção, melhoramento animal, inseminação artificial, transferência de embriões, sanidade animal, alimentação e nutrição de caprinos das raças Anglo Nubiana, British Alpine, Pardo Alemã, Savana (especializada para produção de carne) e a nativa Canindé. Ações de pesquisas também são desenvolvidas com ovinocultura de corte, especialmente com as raças Santa Inês e Dorper.
Outra estação experimental onde são desenvolvidos experimentos com caprinos é a Benjamim Maranhão, no município de Campo de Santana, também no Cariri paraibano. 
As duas estações são consideradas ilhas de excelência no Brasil, em trabalhos nas áreas de inseminação artificial, transferência de embriões, capacitação de produtores, manejo e aperfeiçoamento das raças por meio de cruzamentos.
Avaliação – De acordo com Wandrick Hauss, doutor em Melhoramento Genético, a Emepa oferece treinamentos a criadores nas diversas etapas da cadeia produtiva, como forma de difundir os conhecimentos gerados. Ele explica que, em parceria com o Ministério da Agricultura e associações de criadores de ovinos Santa Inês, a empresa faz uma avaliação com animais dessa raça para selecioná-los como reprodutores.
"A técnica é um avanço para o criador. Agora eles têm um instrumento de melhoramento com base científica, pois a única ferramenta que havia para a seleção dos seus animais era a intuição e informações auxiliares, dadas por juízes durante as exposições”, disse Wandrick.
Segundo ele, a avaliação é simples. Os animais são submetidos a um estudo de desempenho em que são analisadas as suas características de reprodução, ganho de peso, características de carcaça e, na sequencia, uma avaliação subjetiva feita com três juízes credenciados pela Associação de Criadores. Só então é estabelecido um índice de classificação que indica os melhores reprodutores.
Tecnologia – Outro trabalho de grande avanço tecnológico na área é um software adquirido pela Emepa para avaliar as características de carcaça do animal ainda vivo. O software, após a captura de imagens via ultrassom, permite uma análise mais segura da predição da quantidade de carne e da gordura na carcaça do animal antes do abate.
O pesquisador também citou o abate precoce de animais (com a finalidade de se obter uma carne menos gordurosa, saborosa e mais saudável) como uma ação impulsionadora da caprinovinocultura paraibana. 
"Atualmente, temos o cordeiro super-precoce, cujo abate ocorre em apenas 77 dias de vida do animal, com carcaça entre nove e 13 quilos de carne, fruto do cruzamento das raças Dorper e Santa Inês”, contou.
Alimentação animal – Entre as inovações na área de alimentação animal estão os blocos multinutricionais, desenvolvidos a partir da mistura de melaço, uréia pecuária, sal, minerais e bagaço de cana ou folhas encontradas na propriedade rural. O produtor mistura tudo, coloca em prensas ou formas de fazer tijolos e deixa secar.
 "O resultado são blocos endurecidos, feito rapaduras, prontos para serem oferecidos aos animais”, explica a zootecnista Maria das Graças Gomes Cunha, uma das responsáveis pela pesquisa.
De acordo com ela, se o animal não tiver à sua disposição reservas naturais de minerais, como o sódio e o zinco, por exemplo, precisa da reposição diária desses elementos – daí a necessidade da suplementação. "A utilização dos blocos multinutricionais é uma alternativa eficiente e promissora, que fornece nutrientes essenciais durante o período em que as forrageiras estão com baixa qualidade”, explicou.
Segundo a zootecnista, o tablete nutricional substitui o sal oferecido nos cochos e tem a vantagem de ser mais completo, porque, além dos minerais, tem ingredientes energéticos. Utilizada em animais da região do semiárido, como caprinos e ovinos, a nutrição mineral apropriada contribui para a produção e a melhora da relação custo/benefício do sistema de produção de carne e leite.
Outras alternativas de alimentação para os animais que sofrem em épocas de estiagem vêm sendo testadas por técnicos e pesquisadores. Forragens e fenos feitos à base de plantas nativas (marmeleiro, mata-pasto, jureminha) já estão sendo repassadas aos pequenos e médios criadores como forma de garantir a alimentação dos rebanhos no Cariri paraibano.

Melhoria genética – A Emepa finalizou, no mês passado, um processo de transferência de 638 embriões importados da África do Sul a matrizes receptoras de ovinos e caprinos. Ao todo, 288 ovelhas e 350 cabras de corte (das raças Boer e Savana) e leiteiras (Saanen e Alpina Britânica) foram inseminadas artificialmente.
Para a importação dos 910 embriões, o Funcep repassou à Emepa recursos da ordem de R$ 1,5 milhão. "Com a inovação tecnológica,, que é nossa marca, multiplicaremos esse apoio aos produtores do Estado ao reproduzir animais de alta carga genética” declarou o presidente da Emepa, Manoel Duré.
Ele ressaltou a importância de melhorar o padrão genético dos rebanhos paraibanos e disse que a determinação do governador Ricardo Coutinho é transferir toda a tecnologia dessa nova genética para os produtores rurais que praticam a agricultura familiar na Paraíba. 
"A meta é fazer com que essas famílias aumentem a renda a partir de animais que tenham maior produtividade de carne e leite”, disse. O projeto, de acordo com ele, visa o beneficiamento do Programa do Leite na Paraíba.
Fonte: Secom/PB

segunda-feira, 26 de março de 2012

APROLP tem nova diretoria


Foi realizada ontem 25/03 na sede do Parque de Exposição Elzir Nogueira Matos a eleição para a nova diretoria da Associação dos Produtores de Leite de Piancó-PB.  Uma única chapa fora apresentada, o que tornou a eleição por aclamação e composta dos seguintes membros:
Presidente: Djanes Fábio Rodrigues
Vice-presidente: Cícero Pereira da Silva
1º Tesoureiro: João Severino da Silva
2º Tesoureiro: Geraldo Leite de Oliveira
1º Secretario: José Ferreira de Freitas
2º Secretario: José Wellington de Sousa
Conselho Fiscal
José Raimundo da Silva
Evanildo Pereira da Silva
Geraldo Pereira da Silva
Suplentes:
Manoel Vale
Ayrlan Lopes Rodrigues



O ex-presidente José Geraldo Mororó fez a abertura dos trabalhos onde falou sobre a sua atuação como presidente da Associação e deixou registrado que a sua luta em prol da associação não iria parar com o fim do seu mandato, que a partir daquela transição de cargo, a luta continuaria do mesmo jeito.
Em seguida falou a nova diretoria sobre o estatuto da Associação, do compromisso de cada associado em cumprir seu papel, para que, cada vez mais a associação possa prosperar e todos saiam ganhando. Finalizou dando às boas vindas a nova diretoria e desejando-lhes inverno e sorte.




quinta-feira, 22 de março de 2012

Eleição para a Nova Diretoria da APROLP 2012


O atual presidente da APROLP – Associação dos Produtores de Leite de Piancó-PB, José Geraldo Mororó comunica que no próximo dia 25 de março, domingo, a partir das 8:h na sede da associação, situada no Parque de Exposição Elzir Nogueira Matos estará sendo realizada a eleição para a escolha da nova diretoria.
485 sócios que compõe a associação estarão aptos a votar desde que esteja em dia com a sua contribuição financeira a associação.
A chapa é única e composta dos seguintes candidatos:

Para Presidente: Dejanes Fabio Rodrigues
Vice-Presidente: Cícero Pereira da Silva

1º Tesoureiro: João Severino da Silva
2º Tesoureiro: Geraldo Leite de Oliveira
1º Secretario: José Ferreira de Freiras
2º Secretario: José Wellington de Sousa

Conselho Fiscal:

José Raimundo da Silva
Evanildo Pereira da Silva
Geraldo Pereira da Silva

Suplentes:

Antonio de Pádua de Caldas
Manoel Vale
Ayrlan Lopes Rodrigues


segunda-feira, 19 de março de 2012

Romero denuncia que 4 mil agricultores estão sendo executados por banco


O deputado Romero Rodrigues (PB) cobrou do governo federal uma ação efetiva na busca de soluções para o endividamento dos produtores rurais. Segundo o tucano, as dívidas de mais de quatro mil agricultores da Paraíba estão sendo executados pelo Banco do Nordeste. Eles estão ameaçados de perder os bens. Ele falou em plenário da Câmara dos Deputados.

O parlamentar participou de audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado para discutir o assunto com as autoridades envolvidas.

Conforme informou Romero, na década de 90 o Nordeste experimentou sete anos de estiagem, com a perda quase total da safra, o que ocasionou a maioria dos casos de inadimplência. 

“Os empréstimos contraídos naquela época, em sua maioria, hoje são impossíveis de serem quitados por conta dos juros exorbitantes e das condições totalmente adversas para os pequenos produtores rurais”, ressaltou.

Diante desses problemas, a comissão decidiu que pedirá ao governo federal a suspensão da execução de dívidas dos pequenos agricultores do semiárido nordestino até que todos os mecanismos legais para a regularização sejam examinados.

Outra proposta defendida por parlamentares, segundo o deputado, é a do perdão total dos débitos pela total impossibilidade de pagamento, já que a causa do inadimplemento se deu por questões climáticas, que fogem totalmente ao controle dos agricultores.

“O problema econômico e social persiste e clama por uma solução. A ampla mobilização das bancadas dos vários estados do Nordeste une forças para cobrar uma ação do governo e seus agentes. É um tema que requer o nosso empenho e responsabilidade como homens públicos. Os produtores rurais merecem o respeito de toda a nação, pois exercem uma atividade de risco, sem subsídios e sujeita às condições climáticas adversas”, finalizou.

Fonte: Da Redação com Ascom

segunda-feira, 5 de março de 2012

O futuro da produção do leite na Paraíba


A Comissão do Leite da Paraíba esteve reunida, na última semana, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (FAEPA) para discutir e buscar soluções para os gargalos da produção leiteira do estado. A defasagem do preço do leite e o desabastecimento do Programa do Leite da Paraíba foram os principais temas abordados.
Os produtores afirmam que os reajustes no valor do leite concedidos pelo programa do Governo Federal nos últimos 10 anos não acompanharam a realidade e o aumento dos custos da produção. Segundo a pesquisa mais recente apresentada pela Embrapa Gado de Leite, no período de 2010/2011, o custo da produção subiu em 19,2%, enquanto o reajuste oferecido foi de apenas 17,4%. “O reajuste não cobre os gastos com a produção, mas será bem recebido pelos produtores. No entanto, qualquer valor abaixo disso, torna a produção de leite inviável no nosso estado”, afirmou o presidente da FAEPA, Mário Borba.
Durante a reunião, a Comissão elaborou um documento com os dados da situação atual, solicitando o realinhamento do preço do leite. O documento foi apresentado pelo presidente da FAEPA, Mário Borba,  29/02, à Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), para posterior encaminhamento à coordenação do Programa Nacional do Programa do Leite (MDS e MAPA). “O reajuste do preço não é a solução final para o leite, mas é um passo a ser dado para o equilíbrio da situação”, afirmou o Assessor Técnico da FAEPA, Domingos de Lélis.
A solução, segundo a Comissão do Leite da Paraíba, está na criação de um programa estadual de melhoria da produção leiteira, com foco na redução de custos com a produção e aumento da qualidade e quantidade do leite produzido. Com este objetivo, a FAEPA, juntamente com o SENAR-PB e outras instituições como Sebrae, Banco do Brasil, SEDAP e Projeto COOPERAR estão elaborando um projeto que envolve desde a organização e capacitação do produtor rural até a assistência técnica e apoio financeiro para investimentos e busca de novos mercados para o leite da Paraíba. O projeto final deverá ser apresentado nas próximas semanas e a previsão é que ele seja executado ainda em 2012.

Assessoria de Comunicação Sistema FAEPA/SENAR-PB
(83) 3048 6073/9988 6475