quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Sedap alerta sobre proibição do uso de cama de frango na alimentação de animais


O secretário do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca, Marenilson Batista, faz um alerta aos pecuaristas sobre a proibição e os riscos da utilização da cama de frango na alimentação dos animais bovinos, bubalinos, caprinos e ovinos. O objetivo é garantir a sanidade animal na Paraíba, uma vez que o produto pode provocar a doença conhecida como vaca louca e o botulismo.
Segundo Marenilson, a utilização da cama de frango na alimentação dos bovinos, bubalinos, caprinos e ovinos foi proibida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), pela Instrução Normativa N° 08, de 25 de março de 2004. Cama de frango é o material utilizado para forrar o piso dos galpões onde são criados os aviários, acrescidos das fezes, restos de ração e penas, e que é oferecido como ração aos animais pelos criadores.
Ele adiantou que a Instrução Normativa do Mapa proíbe ainda o uso de sangue e derivados, farinha de sangue, carne e ossos, de ossos autoclavados, de resíduos de açougue, de vísceras de aves, de penas, de resíduos de abatedouros de aves e qualquer produto que contenha, em sua composição, proteínas, gorduras de origem animal e resíduos da exploração de suínos.
O gerente executivo da Defesa Agropecuária, Rubens Tadeu, explicou que, dentre as doenças que podem ser veiculadas pela cama de frango, estão a encefalopatia espongiforme bovina, popularmente conhecida como doença da vaca louca, e o botulismo. Ele disse que uma propriedade rural no município de Itabaiana foi flagrada alimentando o gado com cama de frango. Por isso, 29 animais foram separados e serão sacrificados, conforme a legislação vigente.
Tadeu explicou que, quando a cama de frango é encontrada nos cochos dos animais, o pecuarista é notificado e as amostras recolhidas são enviadas ao laboratório. “Se for confirmada a presença de proteína animal na ração, o pecuarista pode sofrer sérias punições, que vão desde o abate dos animais até multa fixada pela Justiça”, disse ele.
O gerente executivo da Defesa Agropecuária destacou que, se o laudo laboratorial constatar a existência de proteína de origem animal na cama de frango oferecida aos animais, o pecuarista tem 30 dias para abater esses animais em abatedouro com inspeção oficial, em veículo lacrado pela Defesa Agropecuária Estadual.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Emater constata chuvas no Sertão e Poço José de Moura registrou maior índice pluviométrico

As chuvas que ocorrem no mês de janeiro estão mais intensas no Sertão, o que anima os agricultores para início do plantio. Segundo dados fornecidos nesta quinta-feira (19) pela Emater Paraíba, que faz a coleta diariamente dos índices pluviométricos, os municípios onde ocorreram a maior incidência foram São João do Rio do Peixe, com 35,7 milímetros, seguido de Cajazeiras (34,2) registrados durante a noite da quarta-feira (18).

Outros municípios que registraram índices satisfatórios foram Bom Jesus (29,5 milímetros), Poço de José de Moura (25), Triunfo (22,3). A Emater também registrou 10,8 milímetros de chuva em São José de Piranhas.

Nas demais regiões do Sertão as chuvas ainda não estão consolidadas, tendo chovido na região de Sousa apenas em Aparecida, Lastro, Santa Cruz e Vieiropólis. Nas proximidades de Itaporanga choveu apenas em Piancó (16,3 milímetros) e Boa Ventura (8,2).

No Litoral, durante a noite de quarta-feira, choveu em 10 municípios e continuou na manhã desta quinta-feira, sendo que Mataraca, com 39 milímetros, é o maior índice até agora registrado nesta região. Pedras de Fogo registrou 23,4 e Alhandra chegou a 14,6 milímetros. Os demais municípios estão com índice abaixo de 10 milímetros.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

MDA destaca arroz vermelho produzido na Paraíba



O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) aponta a produção do arroz vermelho na região do Vale do Piancó, na Paraíba, como exemplo de sucesso na agricultura familiar. O Governo Federal destaca o modelo de trabalho da Associação dos Pequenos Produtores de Arroz Vermelho de Santana dos Garrotes e Vale do Piancó, que tem assistência da Emater.
Com os recursos garantidos pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), acessar o mercado se tornou mais fácil pela associação que, em 2011, teve um volume de entregas de 200 toneladas, viabilizadas por meio da utilização da modalidade de Apoio à Formação de Estoques pela Agricultura Familiar (CPR Estoque).
Para o presidente da associação, José Soares Filho, participar do programa trouxe significativas mudanças para a vida dos 77 agricultores, que hoje comercializam a produção de 300 hectares de arroz vermelho para o programa. “O recurso é essencial para garantir renda e fortalecer a produção do arroz vermelho. Para a região, foi uma bênção”, afirmou.
Na primeira entrega da associação, em 2007, foram comercializadas 70 toneladas do alimento. Antes, os agricultores entregavam a produção aos atravessadores, que pagavam R$ 0,70 pelo quilo do arroz com casca, mas agora o quilo é vendido a R$ 1,50. “A renda dos agricultores aumentou em mais de 50%. Eles já estão ampliando a área de plantio para atender ao programa”, disse José Soares.
Alimento saudável – Rico em vitamina B1, fibras, cálcio e com zero de colesterol, o arroz vermelho é vendido no comércio local e também para o Programa de Alimentação Escolar (Pnae). “Somos o maior produtor de arroz vermelho do mundo. O produto já é reconhecido como tipo 1. Para agregar valor, estamos buscando a sua Identificação Geográfica (IG)”, explica.
A modalidade de CPR Estoque apoia a comercialização das cooperativas e associações para que formem seus estoques e comercializem os produtos em condições mais favoráveis. Nesta modalidade, cada cooperativa ou associação pode acessar até R$ 1,5 milhão por ano pelo PAA, a juros de 3% ao ano. O agricultor pode vender até R$ 8 mil por ano ao PAA.
A prioridade é para a compra da produção da agricultura familiar a preços justos, compatíveis com os praticados nos mercados regionais e com isenção de licitação. Mais de 330 produtos da agricultura familiar, além de produtos tradicionais (e também os produtos da sociobiodiversidade e os orgânicos), são vendidos no PAA.
A Emater Paraíba, empresa vinculada à Secretaria do Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), é responsável por consolidar essa ferramenta de organização do agricultor e por mudar os hábitos alimentares das famílias e dos estudantes da rede pública de ensino. Permite, também, garantir uma renda fixa ao homem e à mulher que trabalha a terra.
paraiba.pb.gov.b

sábado, 14 de janeiro de 2012

Parque de Exposição Elzir Nogueira Matos – Piancó-PB




Tido como um dos parques mais bem estruturado e bonito (exposição agropecuária) da Paraíba, o Parque de Exposição Elzir Nogueira Matos, localizado na BR 361 em Piancó, construído pelo então deputado Dr. Elzir Nogueira Matos, carece de cuidados estruturais; é o que declara o atual chefe de manutenção do parque José Floriano Neto.
Há nove meses comandando a administração do parque, o citado chefe diz das dificuldades e a carência do setor; não dispomos de nenhuma verba direcionada ao parque, alguns reparos que fazemos por aqui é exclusivamente proveniente das nossas finanças pessoais.” É sabido por todos que no parque funciona a APROLP- Associação dos Produtores de Leite de Piancó, que de ano em ano realiza seu único e necessário evento, momento em que alguns reparos dentre as suas possibilidades são feitos; fora isso nenhum recurso é destinado ao parque por conta da Secretária de Desenvolvimento de Agropecuária e Pesca do estado, declarou.
“Quero fazer um apelo através desse informe às autoridades políticas do estado, que se faz urgente e necessário um olhar de cuidados ao Parque Elzir Nogueira Matos de Piancó, não podemos deixar que esse parque se destrua por falta de reparos em sua estrutura, esse parque é referência agropecuária na região, lugar onde os criadores e pequenos agricultores se encontram (mesmo de ano, em ano) para celebrar sua cultura.”

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Emepa apresenta nova tecnologia para alimentar gado na estiagem



Pesquisadores apostam na nova forma de alimentar animais na estiagem

Pesquisadores da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa) estão apostando numa nova forma de alimentar animais em períodos de estiagem. A tecnologia, que consiste em tabletes nutritivos (ou blocos multinutricionais), é uma mistura de melaço, uréia pecuária, sal comum, minerais e bagaço de cana ou folhas encontradas na propriedade rural.

"O produtor mistura tudo, coloca em prensas ou formas de fazer tijolos e deixa secar. O resultado são blocos endurecidos, feito rapaduras, prontos para serem oferecidos aos animais”, explica a zootecnista Maria das Graças Gomes Cunha, uma das responsáveis pela pesquisa.

Segundo ela, se o animal não tiver à sua disposição reservas naturais de minerais como o sódio e o zinco, por exemplo, precisa da reposição diária desses elementos – daí a necessidade da suplementação. "A utilização dos blocos multinutricionais é uma alternativa eficiente e promissora, fornecendo nutrientes essenciais como proteína, energia e minerais durante o período em que as forrageiras estão com baixa qualidade”, explicou.

Ainda conforme Maria das Graças, os blocos nutricionais foram desenvolvidos para suprir quantidades lentas e pequenas desses nutrientes principalmente o nitrogênio. "Ao fornecerem nitrogênio e energia prontamente fermentáveis, os tabletes melhoram o ecossistema ruminal para a multiplicação microbiana e, por conseguinte, incrementam a digestão da fibra, principal componente da forragem na época seca”, disse.

Utilizada em animais da região do semiárido, como caprinos e ovinos, a nutrição mineral apropriada contribui para a produção e a melhora da relação custo/benefício do sistema de produção de carne e leite. No caso da suplementação em bovinos criados em pasto, os blocos podem ser oferecidos em cochos, sempre cobertos, colocados em locais estratégicos do campo.

A zootecnista explica que o tablete nutricional substitui o sal oferecido nos cochos e tem a vantagem de ser mais completo, porque, além dos minerais, tem ingredientes energéticos.

Desenvolvimento – A pesquisa foi desenvolvida na Estação Experimental de Pendência, base física da Emepa, no município de Soledade, Cariri paraibano. Ao longo dos anos, pesquisadores e técnicos da estação vêm trabalhando na descoberta de alternativas de alimentação para os animais que sofrem em épocas de estiagem. Forragens e fenos feitos à base de plantas nativas (marmeleiro, mata-pasto, jureminha) já estão sendo repassadas aos pequenos e médios criadores como forma de garantir a alimentação do rebanho.

Secom/PB

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Emater incentiva criação de caprinos como alternativa econômica e social



Criação que não exige grandes extensões de terra ou grandes recursos para sua aquisição e instalação, a caprinocultura, hoje, é a alternativa agropecuária economicamente mais indicada para o Nordeste, uma região de terras mal distribuídas, de maioria minifundiária e de clima severo. A cabra se adapta bem a essas condições e tem prosperado na Paraíba.
Essa carne já é o principal alimento infantil e de idosos das classes sociais mais pobres, nas regiões do Semiárido. O caprino vem encontrando, nos últimos tempos, um mercado em que a demanda é bem maior do que a oferta regional, como é o caso do leite, que nos grandes centros não supre a procura. A busca pela carne nas feiras livres e mercados é quase igual à da carne bovina.
Esse cenário faz com que a caprinocultura atraia interesses de grandes e médios produtores e também de agricultores familiares, abrindo mercados e despertando a atenção de investidores. O Governo do Estado percebe nessa atividade uma alternativa econômica que pode ser um investimento social, sustentável e altamente produtivo, já que pode gerar emprego, melhorar renda e levar qualidade de vida às comunidades do interior.
Com uma produção diária de aproximadamente 18 mil litros, a Paraíba é o maior produtor de leite de cabra do Brasil. Por dia, são injetados nesse setor cerca de R$ 25 mil, sendo que mais de 90% vêm de recursos do governo, que absorve a produção por meio dos programas Fome Zero e Leite da Paraíba.
“Considerando a produção diária, essa atividade gera anualmente cerca de R$ 9 milhões só com o leite”, calcula Everaldo Cadena, médico veterinário da Emater e especialista em caprinovinocultura. Na opinião dele, os números fazem mais do que colocar o Estado no ranking de produção de leite de cabra. “Essa atividade ameniza a situação de pobreza de uma região sofrida e castigada por longos períodos de estiagens. É no Cariri, no Sertão e no Curimataú que a caprinocultura se tornou a principal atividade agropecuária e econômica”, arrematou.
Rebanho – Nessas regiões, circula um rebanho de 624 mil cabeças de caprinos, dos quais 25% são cabras leiteiras. Nas três regiões, 1.133 famílias agricultoras dependem da atividade e estão distribuídas em 37 associações, que possuem 11 pequenas usinas de beneficiamento.
Foi  a partir de 1978, com a criação do Centro Nacional de Pesquisa de Caprino, em Sobral, por meio da Embrapa, que surgiram as empresas estaduais de pesquisas na área de caprinos. A partir de então, a cabra passou a ser vista com cuidados técnicos.
Na Paraíba, coube à Empresa Paraibana de Pesquisa Agropecuária (Emepa) o direcionamento das pesquisas. Hoje, os excelentes resultados com a caprinovinocultura alcançam repercussão internacional, resultado do melhoramento genético, sanidade animal e difusão dessas informações pela Emater Paraíba
Secom-PB