sexta-feira, 20 de abril de 2012

UFCG desenvolve leite de amendoim para comunidades na Paraíba



Uma pesquisa desenvolvida durante três anos na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) pretende levar à mesa dos paraibanos um produto diferente: uma espécie de 'leite' produzido à base de amendoim. A bebida rica em proteína vegetal foi pensada para surprir a alimentação de moradores de comunidades carentes e para distribuição em merenda escolar, além de servir como alternativa para quem tem intolerância à lactose, assim como é feito com a soja.
O extrato de amendoim foi resultado de um trabalho feito no laboratório de Engenharia Agrícola da UFCG e financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). De acordo com o professor Francisco de Assis Almeida, que coordenou as pesquisas, a ideia nasceu de encontros com agricultores das cidades de Patos, Itabaiana e Sapé, que concentram a maior produção de amendoim da Paraíba. Agricultores de subsistência de Pernambuco, principalmente do município de Pau d'Alho, também deram sugestões.
O objetivo era agregar valor ao alimento e criar um produto que pudesse ser comercializado. Outra preocupação era o aproveitamento da leguminosa para enriquecer a alimentação das comunidades, principalmente de crianças.
A engenheira agrícola Niédja Marizze Alves, que participou da pesquisa durante seu doutorado, é uma das defensoras dos valores nutricionais do leite de amendoim. Apesar de não substituir o leite de origem animal, como o de vaca e o de cabra, o extrato líquido é barato, custa R$ 0,60 o litro, e possui alta qualidade. Segundo ela, previne doenças cardiovasculares e ajuda na redução do colesterol. “A bebida tem um percentual grande de lipídios, mas, ao contrário do que as pessoas pensam, são gorduras insaturadas que fazem bem”, explicou.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Agricultores familiares vão receber atendimento do Samu para casos de emergência


Uma ação do Governo do Estado, colocada em prática pela Emater Paraíba, empresa vinculada a Secretaria do Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), e a Superintendência Regional da Secretaria de Saúde em Patos, permite que os agricultores familiares tenham acesso aos serviços do Samu, em caso de emergência.
A Emater e o Samu deram início, no final de março, ao "Samu na Zona Rural”, um projeto educativo de orientação em primeiros socorros para agricultores familiares, começando de forma experimental no município de São Mamede, com a participação de agentes de saúde. Participaram desse primeiro evento 37 famílias.
Os ensinamentos consistem, basicamente, na orientação para os primeiros socorros em caso de acidentes domésticos, engasgo de crianças ou adultos, cuidados contra a ação de animais peçonhentos e, principalmente, como acessar ao Samu e o Corpo de Bombeiros nas emergências. A proposta é de que os participantes sejam agentes repassadores dos ensinamentos para outras famílias.
"O objetivo é levar informações até as comunidades mais distantes, aumentando assim as chances de salvar vidas em situações de urgência”, comentou Francisco Acácio, chefe do escritório regional da Emater em Patos.
O presidente da Emater, Geovanni Medeiros, disse que a perspectiva é de que este projeto embrionário seja motivação para que outros municípios: "Percebeu-se entre os participantes um clima de segurança e motivação para levar às outras pessoas o que aprenderam”, comentou.
O coordenador regional da Emater em Patos, Francisco Acácio, informou que as comunidades rurais de Saco, Serra Branca, Cupim, Jatobá e Roça de São Mamede também receberão a visita da equipe de treinamento. As próximas etapas de treinamentos acontecerão em Santa Luzia, São José do Sabugi, Várzea e Junco do Seridó.
Secom PB 

terça-feira, 3 de abril de 2012

Governo discute estiagem e aftosa no Ministério da Agricultura


Na manhã desta terça-feira (3), o secretário de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca, Marenilson Batista, participou de reunião ordinária do Conselho Nacional de Secretários de Agricultura (Conseagri). O encontro aconteceu no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em Brasília, e contou com a participação do ministro Mendes Ribeiro Filho, que propôs um diálogo aberto com cada secretário.

O ministro ouviu atentamente as dificuldades que cada região tem enfrentado nos últimos meses, principalmente com relação às mudanças climáticas, como a estiagem que atingiu grande parte do Sul e do Nordeste brasileiros. Em algumas regiões, a seca tem sido a pior dos últimos 15 anos e diversos municípios já declararam estado de emergência.

No Agreste da Paraíba, a falta de chuva afetou o preparo da terra e o plantio da safra. “Estamos tomando uma série de medidas para minimizar os efeitos da estiagem. O principal deles é abastecer as cisternas de água por meio de caminhões-pipa”, disse Marenilson. Ele também disse que o apoio do Governo tem sido muito importante. “O Estado tem se mobilizado para aumentar a infraestrutura e o transporte até as regiões mais carentes”, contou.

Aftosa – Outro ponto importante e abordado durante a reunião foi a vacinação contra a febre aftosa. Movimento em massa que garante a segurança dos animais e, com isso, o aumento da demanda e do preço da carne brasileira. “País livre da febre aftosa desenvolve as economias locais”, afirmou o ministro Mendes Ribeiro.

A Paraíba, segundo Marenilson, está incluída no programa de vacinação. “O governo nos ajudou muito, contratando novos funcionários e técnicos capacitados para auxiliar cada município. Além de viabilizar toda a estrutura organizacional e tecnológica para que o nosso Estado cumpra a meta do programa”, disse o secretário.

 .paraiba.pb.gov.br