sábado, 4 de fevereiro de 2012

Governo investe em inseminação para melhorar a produção de leite



A Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária (Emepa) está transferindo tecnologia aos pequenos produtores dos municípios de Aroeiras, Gado Bravo, Umbuzeiro, Santa Cecília e Natuba, uma ação que vai melhorar a produção leiteira da região da Borborema.

O trabalho é de inseminação artificial em bovinos leiteiros e faz parte de um projeto de pesquisa em melhoramento genético que vem sendo executado por pesquisadores em parceria com o CNPq e produtores ligados a associações nos municípios beneficiados.

A distribuição de sêmen é feita em comunidades rurais inseridas no agronegócio do leite, utilizando a genética do gado Zebu, considerado de alto padrão zootécnico.

De acordo com Paula Fernanda Barbosa de Araújo Lemos, coordenadora do projeto, o objetivo é promover o desenvolvimento da bovinocultura leiteira pela produção e disseminação de animais de genética superior, por meio da biotecnologia da reprodução. “O nosso trabalho vai viabilizar a rentabilidade econômica, contribuir para o desenvolvimento sustentável e para o bem estar dos produtores e da comunidade”.

O material genético para inseminação está sendo fornecido pela Emepa. Vem de reprodutores de alta linhagem das raças Gir, Guzerá e Sindi, selecionados na Estação Experimental de Alagoinha. A estação localizada na microrregião do Agreste é considerada o grande berço do gado Zebú leiteiro.

O rebanho da estação é o único rebanho oficial que mantém linhagem fechada dos animais remanescentes da importação do Paquistão. Em razão disso, são bastante disputados por pecuaristas quando postos em comercialização através de leilões públicos.

Paula declarou que tudo começa com uma reunião entre os produtores dos municípios assistidos. “Depois é feita uma seleção e um cadastro e só depois partimos para as visitas às propriedades quando então avaliamos a funcionalidade das instalações, o suporte forrageiro (alimentação) e recursos hídricos”.

s animais (fêmeas) são previamente selecionados, passam por avaliações ginecológicas para detectar possíveis gestações ou anomalias do aparelho reprodutivo, exames de brucelose e tuberculose.

O projeto prevê também a capacitação de mão de obra por meio de cursos direcionados a líderes comunitários, produtores rurais e técnicos envolvidos na pecuária bovina, abordando temas como manejo reprodutivo, sanitário e nutricional e também sobre a qualidade do leite.

No ano passado, 300 produtores da agricultura familiar foram beneficiados pelo projeto de inseminação artificial em bovinos. No entanto, a meta para democratizar o patrimônio genético da empresa, segundo o presidente Manoel Duré, não é o número de produtores, mas o de animais inseminados.

“Não temos ainda um número definido de prenhez nesse trabalho, mas a média é de 60%, que é uma média considerada muito boa devido aos vários manejos, o estado geral dos animais e o trabalho com sêmen congelado”, declarou Duré.

A inseminação artificial apresenta uma série de vantagens quando comparada ao cruzamento natural dos animais. A principal é permitir ao criador definir a manutenção de raças adequadas ao objetivo do rebanho, seja para a produção de leite ou de carne. Também garante a melhoria do padrão genético do rebanho, aumentando sua rentabilidade.




Nenhum comentário:

Postar um comentário