A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba (Emater Paraíba) completa 57 anos de fundação, no próximo domingo (30). Nesta sexta-feira (28), a programação vai reunir autoridades do setor público agrícola e agricultores familiares para um café da manhã, na sede da Emater, em Cabedelo, a partir das 5h.
O Serviço de Extensão Rural da Paraíba foi fundado em 30 de setembro de 1955 com o nome de ANCAR-PB. Em 1976, por decreto, foi transformada em Emater Paraíba. Neste período, a empresa se consolidou como uma entidade indispensável para o campo e apresenta um vasto currículo de serviços prestados.
Ao longo desses anos, a Emater tem priorizado a inclusão produtiva e social, com presença marcante nas comunidades, visando consolidar a economia rural. A empresa define hoje, como prioritária, a ação junto a agricultura familiar e executa seu trabalho centrado no desenvolvimento rural sustentável de base agroecológico.
Como um dos principais órgãos executores da política agrícola do Estado, seguindo diretrizes da Secretaria do Desenvolvimento Agropecuário e Pesca (Sedap), à qual é vinculada, a Emater está presente em todos os municípios paraibanos por meio de 223 escritórios locais, 15 regionais e uma central.
História – Como Emater Paraíba, a extensão rural conheceu um dos períodos de maior expansão, com os recursos de manutenção e custeio mantidos com os convênios realizados com a Agência Internacional de Desenvolvimento BIRD. Foi na época dos Programas de Desenvolvimento Rural Integrados – PDRIs, que caracterizou o Polonordeste. As execuções dos programas injetaram recursos financeiros e humanos no Estado.
Pelo crescimento, e de acordo com os modelos gerenciais da época, a empresa vai se estruturando em PDRIs: Catolé do Rocha, Brejo, Seridó, Piranhas e Serra do Teixeira, além de outros programas. Assim a estatal era chamada a se engajar na “eficiência tecnológica”. Estavam os extensionistas no campo de braços dados com os chamados “Pacotes Tecnológicos”, com a incumbência de transferi-los aos agricultores e famílias e cumprir metas.
Força de trabalho – Atualmente, a Emater conta com mais de 800 servidores de diversas áreas de conhecimento, presta assistência a aproximadamente mais de 100 mil agricultores, pescadores, indígenas, quilombolas, artesãos, mulheres e jovens rurais.
Segundo o IBGE, a Assistência Técnica Rural (ATER) gera impacto médio de 60% na renda dos agricultores familiares e 30% na renda dos municípios. Durante as quase seis décadas de sua fundação, a Emater já trabalhou com o Clube 4 S, Juventude Rural, Mulher Rural,Multiplicador Rural, Biogás, Crédito Rural Orientado, Algodão, PDRIs, Indústria Rural, Agroindústria, Provárzeas, armazenamento de forragem, Hidroponia, Pescart. Também vem trabalhando com as culturas de cana de açúcar, organização rural, caprinocultura, bovinocultura, avicultura, fruticultura, irrigação, economia doméstica, agricultura orgânica, entre outras atividades.
Vinculada à (Sedap), está consolidada como uma das principais executoras dos programas agrícolas do governo do Estado. “São 57 anos de história, hoje atuando com desenvolvimento rural sustentável, sendo uma presença na vida do agricultor familiar. Mesmo em face da estiagem, a Emater continua operacionalizando projetos, com bom volume de recursos aplicados”, comentou o presidente Geovanni Medeiros.
Na avaliação dele, os agricultores familiares voltaram a acreditar nas ações do Governo do Estado, que tem ajudado o homem do campo a crescer e prosperar profissional e economicamente com a criação de mais empregos e aumento de renda, o que tornou a vida no meio rural mais fácil e gratificante.
Neste ano, um destaque ficou com a realização de 190 Jornadas de Inclusão Produtiva, que envolveu recursos da ordem de R$ 43 milhões, com a efetiva participação dos agricultores familiares.
Outro destaque foi para o Sistema de Gerenciamento de informações e Atividades de Assistência Técnica e Extensão Rural (Sigater), hoje já reconhecido por outros Estados. Trata-se de uma ferramenta criada pela Emater e tem por objetivo gerenciar o planejamento, a execução, o monitoramento e avaliação das atividades da empresa, bem como seu impacto na evolução de indicadores sociais e econômicos das famílias agricultoras, a fim de compor um banco de dados da agropecuária paraibana. Proporciona ainda a elaboração de relatórios técnicos e gerenciais, assim como a construção e análise de indicadores de desempenho para a agricultura familiar do Estado.